É meus amigos e minhas amigas, "cá" estou eu expressando o não indubitável. A vida é uma tragicomédia sem fim, cheia de alegria e tristeza, entre o vácuo e o soberbo, magia e contradição, entre sim e o não. Há quem diga que a vida se parece com as bolsas de valores pelo fundo afora, recheadas de crises, excitação, medo, altos e baixos, topos e fundos. Somos perante a vida, como um barquinho em alto mar, a mercê das tempestades, das grandes ondas e das calmarias bucólicas. Nesse barquinho, somos pescadores de nós mesmos, sós e não sós, fisgando o peixe de cada dia, buscando aquela ilha paradisíaca que é nosso sonho, e assim remamos com todos nossos braços, ombros, até fadigá-los em busca de nosso tão desejado encanto. Somos velejadores de ideias, de corações, de almas. Virtuosos aqueles que se guiam atráves da bondade, amor, da boa-fé, do humor e da coragem, pois estes encontrarão a calmaria interior em meio às tormentas. Tarefa difícil sem dúvida, embora com coragem já seria suficiente para não sucumbir perante a fúria do mundo. Dizem que quando chove muito é porque alguém lá de cima chora as mazelas humanas e que, quando o choro se cessa, a luz solar rompe as volúpias nuvens negras, e o mar se transforma num espelho azul, no qual o horizonte se confunde com o universo, em um esplendor de cores, assim como Van Gogh e Monet os representavam com a excelência e maestria de gênios. Nessa prosopopéia de nossas vidas somos, antes de tudo e não somente, mergulhadores de fé.
Impression: sunrise - Monet
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