"Até quando você vai ficar usando rédea? 
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura.
Até quando você vai ficando mudo?

Muda que o medo é um modo de fazer censura."  

          

Sábias palavras de um artista que pensa, cuja massa encefálica é usada para questionar o por que de ser sermos tão passivos diante o que acontece em nosso redor. Música esta que, até nos dias atuais, e acredito ainda ser para futuro, muito útil para reflexão. Ora, como podemos protestar contra violência nas ruas, pedindo paz, se na política, os homens que têm a prerrogativa de nos representar, colocam dinheiro nas meias, cuecas, ou até mesmo na bunda, vai saber. Por dinheiro espera-se até a mais atroz infamidade. Por isso se faz uma oração e está tudo certo! Como podemos nos revoltar com simples matutos que costumam arrombar estabelecimentos para furtar cervejas, se passamos despercebidos aos mais hediondos crimes contra a administração pública. Nossos representantes são tão ignorantes,  ignóbios e nefastos quanto aos seres que neles votam, claro que esses, os votantes, são meros fantoches, pois ainda os falta o discernimento e o senso crítico, advindos de oportunidades  para estudar com mais qualidade, aliás, por que os professores ganham tão mal, se eles que estão na linha de frente para educar as  novas gerações? Outrora entraremos no mérito da questão. 

Diga sim ao projeto de crimes hediondos para os homens de colarinho branco. Abaixo a imunidade parlamentar, esta tão renitente atitude, que faz sobrecarregar a justiça, tão morosa a ponto de prescrever tais crimes. Enfim, ao contrário, seremos sempre reféns de nossos representantes, que continuarão na plutocracia, escusos e protegidos por essa manta que nos causa estupor.



"A policía matou o estudante, falou que 
era bandido, chamou de traficante.
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
e absolveu os PM's de Vigário"



 

Constituição Federal - Art. 225 caput. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do POVO e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de DEFENDÊ-LO e PRESERVÁ-LO para as presentes e futuras gerações.

Nosso constituinte de fato pensanva em algo muito bonito, algo meio utópico eu diria, singelo, parece que as palavras aliviariam o ser.  Nossa defesa de hoje, diante da grande corporação que atua explorando este lugar,  este bioma tão rico, seria utilizar da liberdade de expressão, para expressar nossa indignação. As palavras da lei nos diz que é nosso dever defender, preservar e zelar para que nossos filhos e as futuras gerações também possam gozar da qualidade de vida do qual este bioma nos oferece. Porém a realidade é outra, o vale do Soberbo, que pelo próprio nome indica a beleza do lugar, está sendo destruído. Os diamantes que dizem haver por lá não irão trazer benefícios para o povoado e sim agravar algo que no Brasil é notável: a má distribuição de renda do país. Não há formas para recuperar o meio ambiente degradado após a exploração de diamantes, é irrecuperável. Pensando no contexto mundial, as atrocidades do homem em relação ao meio ambiente, já começa a custar vidas humanas devido ao aquecimento global. O conceito de sustentabilidade é usado sistematicamente para dissimular a verdade: o planeta está sangrando e muitas vidas e ecossistemas irão se perder para que pessoas desfrutem do luxo e da ostentação. Volto meu pensamento para a Lapinha, o turismo é a solução para a região, angariando guias locais, criando rotatividade nas casas, chalés, campings e pousadas, ocupando restaurantes e bares, enfim, levando renda para a Lapinha. A ação dos educadores nesse papel é importantíssima, pois as crianças devem ser desde já , educadas para proteção e preservação do vilarejo. Com a chegada do asfalto até o fim de 2010 será necessário ainda mais fiscalizar e conscientizar o turismo de massas em relação ao lixo, pois tenho observado hoje bitucas de cigarro nas cachoeiras e a invasão de áreas de preservação permanente por veículos automotores. Concluindo, os diamantes valem a degradação irrecuperável de um santuário ecológico? O que é mais sensato, enriquecer grandes corporações ou um povo faminto por esperanças de uma vida mais digna? Creio que as respostas ecoam pelos campos, morros e cachoeiras da pequena Lapa. Vá e conheça, preserve, contemple e obtenha sua resposta! 

 Fotografia e texto: Mateus Alexandros 





Guerreira, era como as pessoas chamavam por Clara Nunes, mineira, sempre envolvida em causas, especialmente contra o estrangeirismo na língua. Cantou em rádios em Belo Horizonte antes de ser descoberta, após foi para Rio, por lá conheceu vários sambistas, conheceu a Portela. Clara foi uma das cantoras que mais interpretou as músicas dos compositores da Portela, sua escola de coração. Alcançou a marca de ser a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias de discos, enfim dispensa palavras. No sábado de aleluia de 1983 Clara partiu aos 39 anos, levou o samba para céu. A Portela silenciou por Clara Nunes, uma multidão de gente se formou no pátio da escola para dar o último adeus a Guerreira. O samba sangrou, teve outra grande queda já que aproximadamente 2 anos antes, Cartola também partira. 

Apreciece essa massa saborosa:

 




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A selva de concreto

Nossos caminhos não passam incólumes. Andamos por entre ruas sem direção, nas ruelas de concreto onde os arranha-céus plantaram suas raízes, cujos frutos caminham a todo instante, de variadas facetas. As árvores de concreto se ergueram como selva e trouxeram a escuridão, onde o sol desaparece em plena tarde e onde a madrugada é fria e cruel. Bob escreveu em Concrete Jungle, "não tenho correntes em meus pés, mas não sou livre" e "selva de concreto, onde a vida é mais difícel", por isso, o caboclo disse: "a vida deve deve estar em algum lugar, para ser achada." Saboreie o ar puro e verás a verdadeira liberdade, os pés no rio e um mergulho na cachoeira, o andar no campo florido, o jantar ao som de vinil e ir embora embriagado andando e feliz com a amada.

Saboreie o som massa de Bob Marley and The Wailers - Catch a Fire


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"Nesse mundo digital, onde tudo é virtual..."

O Tá Massa está com parceria com o guia da Lapinha, divulgando informações do vilarejo, dicas entre outras cositas mas.


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A façanha do maltrapilho:

Os pais, ao buscar seus filhos, não tinham um minuto a perder. Davam broncas nos filhos quando se atrasavam na saída. Nesse clima de ansiedade, o maltrapilho burlou o esquema de segurança, colocou o nariz de palhaço, começou a correr, pular, dançar e fazer palhaçadas no pátio. Ao verem o maluco no ambiente, inúmeras crianças de nove, dez e onze anos se esqueceram de sair da escola e o acompanharam.
Abrindo as asas como um avião, ele saiu voando para um pequeno jardim. Ali, imitou um sapo, um grilo e uma cascavél. Foi uma algazarra. Em seguida, fez algumas mágicas. Tirou uma flor de manga, um coelhinho do paletó. E, após alguns minutos de diversão, disse às atentas crianças:

- Eis a maior mágica. – E tirou uma semente do bolso.

Então lhes disse: - Se fossem uma semente, que tipo de árvore vocês gostariam de ser? – Pediu para fecharem os olhos e imaginarem a árvore que seriam. Cada criança imaginou uma árvore em particular, desde o diâmetro do tronco, o contorno da copa, a dimensão dos galhos aos mais variados tipos de folhas e flores.

Diversos pais procuravam seus filhos desesperadamente. Nunca eles haviam se atrasado dez minutos na saída. Alguns pensaram que tivessem sido seqüestrados. Os professores também os procuravam, e alguns deles ao chegarem ao local onde o maltrapilho fazia sua performance, ficaram impressionados com a quietude dos alunos, ainda mais naquele horário, viram o maltrapilho e perceberam que quem agitava a escola era o estranho que incitava a cidade.

Depois desse breve exercício de imaginação, ele disse às crianças:

- Uma existência sem sonhos é uma semente sem solo, uma planta sem nutrientes. Os sonhos não determinam que tipo de árvore será, mas dão forças para você entender que não há crescimento sem tempestades, períodos de dificuldades e incompreensão. – E recomendou: - Brinquem mais, sorriam mais, imaginem mais. Lambuzem-se com a terra  dos seu sonhos. Sem terra a semente não germina. – Neste instante, pegou o barro que estava ao seu lado e lambuzou a cara.

Admiradas, diversas crianças também meteram as mãos no barro e sujaram a cara. Algumas borraram as roupas. Jamais se esqueceriam dessa cena, mesmo quando envelhecessem. Entretanto, seus pais, ao chegarem ao local e verem os filhos sujos e sendo ensinados por um homem pessimamente vestido, de aparência estranha, se escandalizaram. Alguns protestaram:

- Tirem esse louco do meio de nossos filhos!

Esbravejando, outros disseram:

- Pagamos uma mensalidade caríssima e essa escola não oferece o mínimo de segurança. Que afronta!

Chamaram os seguranças, e com safanões o expulsaram da escola na frente das crianças. Juliana, garota de nove anos, uma das que mais sujaram o rosto, correu ao encontro dele e gritou: - Parem, parem!

Admirados, os que enxotavam o mestre pararam o cortejo. Subitamente Juliana lhe deu uma flor e lhe disse: - Gostaria de ser uma videira. - Por quê minha filha.

Ela respondeu:

- Não é forte nem bonita como você. Mas qualquer um pode alcançar seus frutos.

Extasiado, o mestre expressou:

-Você será uma grande vendedora de sonhos.

Certos professores pediram que os seguranças fossem gentis com o homem que expulsavam. Na saída, alguns o aplaudiram. Virando a face, ele disse-lhes:

- Uma sociedade que aparelha muito mais quem pune do que quem educa será sempre enferma. Não me curvaria diante dos famosos nem dos grandes líderes desse sistema, mas curvo-me diante dos educadores. E curvou-se diante dos admirados professores e professoras. Em seguida, saiu sem direção.

Trecho do livro Vendedor de Sonhos de Augusto Curry


Mário de Andrade 



Eu Sou Trezentos...



Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh! Pirineus! ôh caiçaras!
Se um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!

Abraço no meu leito as milhores palavras,
E os suspiros que dou são violinos alheios;
Eu piso a terra como quem descobre a furto
Nas esquinas, nos táxis, nas camarinhas seus próprios beijos!

Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
Mas um dia afinal eu toparei comigo...
Tenhamos paciência, andorinhas curtas,
Só o esquecimento é que condensa,
E então minha alma servirá de abrigo.



Um gesto, um olhar, um sorriso, uma canção, ter a companhia dos amigos, amigas e amores, assim como beijos à luz do luar e o cheiro de campo no ar. Neste clima que o Tá Massa plantou suas raízes no coração da Lapinha da Serra, esse cantinho situado ao pé do pico do Breu, rasgado por cachoeiras que impressionam pela sua beleza e magnitude, que nos faz refletir sobre as condições de vida que levamos e os paradigmas dos centros urbanos. Às vezes percebo-me cerceiado por grades e cercas elétricas, por entre arranha-céus e veículos buzinando, e por um instante vejo o caos ao meu redor. Na Lapinha encontrei meu refúgio, o descanso da alma, do corpo e do espírito, no Tá Massa aproveito o sabor da casa, a cerveja gelada, a conversa descontraída com os amigos e o encontro com a amada. Venha, você será bem vindo, como fui também, e quando chegar ao Tá Massa, sinta-se a vontade, permita-se saborear o prato da casa e se tiver sorte de me achar por lá, fazer-lhe-ei uma belíssima caipirinha de limão capeta.

Abraço a todos.






A Semana Santa passou e com ela a animação de mais alegrias que tornaram esta casa irresistível. No cardápio, as massas comandaram o sabor, do penne de bacalhau às paquecas que sambam na chapa e o famoso ragú a baiana fizeram no ar uma aromaterapia, combinado, claro, com um bom vinho. Na pista a rapaziada arrepiou com a roda de samba de primeira, e o melhor, ao vivo, lotando completamente o Tá Massa. Novos amigos e amigas fizemos, na lembrança guardo aquele momento efêmero e bonito, na luz das velas do amanhecer às portas fechadas versamos sobre variadas conversas ao som de “quentin” regado a “the president”, salve lenine, salve salgado, salve as meninas das Gerais e de Sampa e salve a rapaziada brilhante da Lapinha de olhar sincero e honesto que fizerem desse feriado inesquecível! As raízes do Tá Massa estão crescendo, ao mesmo tempo e na mesma intensidade cresce meu amor por esta casa! Obrigado Tiná, Átila, Lúcia e a todos que comparecem nesta imensidão de luar e que fizeram do Tá Massa um lugar especial.




Dica de som massa:

Tarantino Connection 

 

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É meus amigos e minhas amigas, aqui, nessa mesa de bar... tá massa demais, acreditem, com um ragú,umas geladas e umas brumados podemos até recitar uma pessoa autêntica, o Pessoa. Suas letras ecoaram no silêncio da madrugada na pequena Lapa da Serra, aí vai uma “Nada sabemos da alma ,senão da nossa; As dos outros são olhares,são gestos, são palavras...” Nosso amigo Robertin também apareceu por aqui, chegou pedindo suquin com bolacha, e cantou seu sucesso “Esqueça”. Tivemos os amigos contemplados da madruga, quem fica até mais tarde sabe hein, se liga man! Outra, novo drink, a nega de beca, é demais, eita danada. Caipicapeta é mato por aqui! Quero deixar   aqui minha reflexão, ajudo sim porque é de coração, para os dissimulados deixo aqui meu desagrado, esses hipócritas, sei não zezé, acho que eles vacilam demais, pois não só de dinheiro vive o homen, mas sim, da integridade de suas relções e de seu caráter. Protestos a parte o Tá Massa vem se consolidando como o lugar da noite na Lapinha e aquardem o feriado de Corpus Christi e dia dos namorados, teremos atrações especiais.




Sobre o blog do Tá Massa Bar

O blog do Tá tem a intenção de não somente postar sabores, músicas que fazem sucesso no bar, acontecimentos no pitoresco vilarejo da Lapinha da Serra/MG. Não somente postar fotos, vídeos, poesias, literatura, cultura de bar, etc. Mas também temos a tarefa de postar idéias e pensamentos a respeito do mundo, de incentivar o pensamento crítico, o discernimento, o respeito às manifestações culturais e ambientais, em prol do desenvolvimento intelectual, econônico e sustentável do vilarejo, do nosso país, e se não for muita pretensão, quem sabe até o mundo.



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